As críticas à infraestrutura de carregamento deficiente e aos custos elevados de baterias e dos próprios veículos ainda permanecem, assim como as vendas estagnadas em polos importantes, mas o mercado global de modelos elétricos a bateria não deve interromper sua trajetória de crescimento no médio e longo prazos.
De acordo com dados da pesquisa Statista Market Insights, divulgada pela Stocklytics, as receitas do mercado mundial de carros elétricos deverão crescer 27% e superar US$ 1 trilhão até 2028, dez vezes mais do que em 2020.
O estudo projeta que serão 18,8 milhões negociados anualmente em uma década e que até 2029 o número de estações de carregamento crescerá 65%, passando de 2,5 milhões para 4,2 milhões em todo o mundo.
Para este ano, as receitas globais estimadas com veículos elétricos ficarão próximas de US$ 786 bilhões, 2,2% mais do que em 2023. As vendas unitárias também aumentarão e devem encostar em 13,6 milhões, 280 mil a mais do que no ano passado.
A variação está bem aquém das taxas de crescimento verificadas nos primeiros anos desta década, quando as entregas anuais aumentaram 60% ao ano em média, muito ainda em decorrência dos consumidores mais entusiasmados com novas tecnologias e, em alguma medida, também os que buscavam reduzir despesas com combustível.
Ao mesmo tempo que estima que a China siga como o maior polo produtor e consumidor desses modelos, mesmo com algum declínio de participação, o levantamento também aponta que Europa e Estados Unidos impulsionarão mais as vendas mundiais até o final de uma década.
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O mercado chinês de elétricos, sozinho, deve ter faturamento aproximado de US$ 376 bilhões em 2024, perto de 47% da apuração mundial. Para 2028, entretanto, a projeção é de US$ 403 bilhões, crescimento próximo de 7%, o que implicará na redução de penetração do faturamento global para 40%.
Já Europa e o Estados Unidos verão as suas fatias nas receitas aumentarem bem mais no mesmo intervalo de tempo, de acordo com o estudo.
Espera-se avanço de 50% no caso dos Estados Unidos, para US$ 141,3 bilhões, o que elevará a penetração de 11% para 14%, enquanto a Europa faturará US$ 344 mil bilhões. O crescimento de 52% do bloco representará aumento de penetração de 28% para 34%.