“Se tivesse que resumir 2024 em poucas palavras, retoma e crescimento seriam elas”, determinou Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, durante encontro com a imprensa, na quinta-feira, 28, quando também aproveitou para fazer uma pequena retrospectiva de um “ano especial”, como definiu.

Para executivo o setor de transporte vive a recuperação da baixa do ano passado, provocada pela entrada em vigor da legislação do Proconve P8, derrubando vendas e produção de caminhões para 15% e 38% respectivamente. “O momento agora é de produção acima de 40% e no segmento de ônibus em alta de 35%”, compara Cortes.

O bom ânimo do transportador representado pelos números também se reflete no desempenho da VWCO. Cortes comemora crescimentos 19% nas vendas de caminhões, para mais de 26 mil unidades até outubro, e de 16% nas de chassis para ônibus, com 4,6 mil entregas.

“Até outubro também aumentamos nossa participação de 24,9% para 25,5% no mercado de caminhão e 2 pontos porcentuais em ônibus, de 23% para 25%”, resume.

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Cortes ainda lembra de eventos e novidades ao longo do ano expressam o que ele chamou de especial. A participação da marca na Agrishow com a linha de caminhões pesados contribuiu para contabilizar 1,3 mil unidades vendidas pelo negócio de locação, “um feito emblemático”, ressaltou.

Na LatBus 2024, a estrela do estande foi eVolksbus, o primeiro chassi elétrico da marca. “Também tivemos progressos nas pesquisas de bateria de nióbio para ônibus em parceria com a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e a Toshiba.

Mais recentemente, na Fenatran, o executivo destaca os avanços em tecnologias de baixa emissão, como o Constellation movido a biometano, a segunda geração do eDelivery e o Meteor híbrido, dotado com eixo elétrico auxiliar. “Prefiro não revelar números, mas também fechamos muitos negócios e com potencial das muitas intenções. Posso falar em recorde histórico.”

Na estratégia de internacionalização da marca, o ano ainda marca o início das atividades produtivas da VWCO na Argentina. “Pouco meses a nossa participação naquele mercado triplicou, tínhamos apenas 3% e, hoje, se situa em 10%, o que nos mostra um grande potencial de crescimento.”

Para 2025, Cortes foi econômico, mas acredita na continuidade de crescimento. Aposta na volta de grandes frotistas com frota envelhecida às compras, em mais uma safra de grãos generosa, apesar dos desafios climáticos. “Também recebemos bons sinais do governo federal com o Mover, o que faz com possamos defender novos níveis de investimentos para a empresa.


Foto: Divulgação VWCO

Décio Costa
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