Omercado é incipiente, a demanda, por conta disso, difícil de calcular. Ainda assim, a Mercedes-Benz começa a vender esta semana, em 14 concessionárias nas maiores cidades dos estados de São Paulo, Mina Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná, a linha eSprinter de vans de passageiros, furgões e chassi-cabina.
A letra “e” antecipa, naturalmente, do que se tratam as novidades: comerciais leves movidos exclusivamente a bateria. Importados da Alemanha, são apostas firme da marca para contribuir com a descarbonização do transporte urbano de carga e passageiros.
A Mercedes-Benz não informa quantos veículos foram importados na primeira leva e que, a depender das configurações de entre-eixos e capacidades, têm preços a partir de R$ 482,9 mil (furgão menor) até R$ 598 mil (van de passageiros maior e mais completa).
Na média, os preços são até 40% maiores do que as mesmas configurações dotadas de motor a diesel e trazidas da Argentina. A diferença substancial no valor, enfatiza a Mercedes-Benz, será naturalmente diluída pela economia de combustível e custos de manutenção muito menores.
As primeiras quatro revisões anuais, por exemplo, são gratuitas, desde que limitadas a 160 mil km rodados, e a montadora oferece ainda dois anos adicionais opcionais. A garantia do veículo é de dois anos sem limite de quilometragem, enquanto que para a bateria são 8 anos.
Para convencer sobretudo frotistas a pagarem mais pela tecnologia mais limpa, além de muita conta para cada operação, teste drives e oferta de período gratuito de avaliação, a montadora também confia na imagem que construiu ao longo de 30 anos no segmento, desde a apresentação da linha MB 180 e depois de mais de 200 mil veículos negociados no País.
Fábio Silva, gerente de Vendas da Mercedes-Benz Cars & Vans, vislumbra que as versões elétricas devem responder por algo em torno de 4% a 5% das vendas da família Sprinter a partir 2025, talvez 2026. Este ano, a Mercedes-Benz deve vender cerca de 10 mil unidades das vans, furgões e chassi cabina.
Conforto de automóvel de passeio
Se assim for, a marca deterá perto de 30% do segmento, estimado por Silva em 33,5 mil unidades em 2024, crescimento de 18% ante os quase 28 mil veículos negociados no ano passado.
Os eSprinter são da atual geração lançada em 2019. Única alteração externa no visual são os faróis em LED. Sob a carroceria, contudo, tudo muda: um motor elétrico posicionado no eixo traseiro entrega 200 cv e 40 kgfm de torque.
A energia é fornecida por baterias LFP (lítio-ferro-fosfato). O cliente pode optar por conjunto de 81 kWh ou 113 kWh, carregados por wallbox residencial, com potência de 11 kw e que demanda de 8h a 11h, ou por carregadores rápidos de 50 kw em pouco mais de 1h.
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A autonomia do furgão vai de 212 km a 478 km, considerando as várias configurações possíveis — a capacidade volumétrica de carga varia de 10,5 m³ a 14 m³, por exemplo —, enquanto a da van de passageiros é estimada nos mesmos 478 km.
A Mercedes-Benz dotou os eSprinter de três modos de condução definidos e que privilegiam autonomia ou desempenho. O comercial tem ainda sistema que oferece quatro modos de regeneração de energia e que contribui para aumentar ainda mais a distância percorrida com uma única recarga.
O conforto é outro destaque da linha, seja pelo natural silêncio dos veículos a bateria, seja pela oferta de equipamentos de série — desde multimídia e ar-condicionado digital até aquecimento dos assentos — ou os diversos recursos de auxílio à condução, como assistente de frenagem, sensor de ponto cego, monitoramento de faixa de rolagem ou piloto automático.
Foto: Divulgação
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