A vocação na contribuição da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) para a evolução tecnológica e mais sustentável do setor automotivo segue com novos desafios, em especial em direção à descarbonização. Em ano recheado de novos programas governamentais que colocam foco em pesquisa e desenvolvimento, a AEA terá participação ativa. A começar pelo Mover.
“Desde o Inovar Auto, que reduziu o consumo de combustíveis em 15%, até o Rota 2030, que trouxe novas metas de eficiência, avançamos com determinação. A AEA participou ativamente em cada um desses marcos. Agora, com o Programa Mover, damos mais um passo, analisando toda a pegada de carbono e a reciclabilidade veicular”, resumiu Marcos Vinicius Aguiar, presidente da AEA, durante lançamento de Manifesto em Defesa da Descarbonização, aqui em vídeo.
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Na ocasião, a entidade apresentou cronograma de trabalho para o desenvolvimento de metodologias em apoio às diversas fases do Mover que, como único no mundo, estabelece compromissos de descarbonização em toda a cadeia produtiva do setor automotivo.
“Sempre estivemos falando do CO2 do escapamento do veículo. Mas o Mover traz um escopo maior da descarbonização. Leve em consideração a produção do veículo, seu uso e a energia utilizada e, por fim, tão importante quanto, a questão do descarte”, lembra Everton Lopes, vice-presidente da AEA.
Segundo o dirigente, comissões técnicas da AEA se debruçam para contabilizar a pegada de carbono em todas as fases, desde a matéria-prima, à montagem do veículo passando pelos sistemas de combustível e tipos de combustível, além de diferentes tecnologias.
“Vamos consolidar as metodologias e entregar ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) para que possa operacionalizar. Teremos muito trabalho até o fim de 2026, o nosso prazo. Parece muito tempo, mas não é. Temos de consolidar algo que ainda não foi feito na atualidade. Faltam referências no mercado”, observa Lopes.
O Programa Mover prevê incentivos fiscais de R$ 19,3 bilhões em cinco anos, além de redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para estimular pesquisa e desenvolvimento. As fabricantes de veículos, segundo conta da Anfavea, já garantiram R$ 130 bilhões em investimento, não só para atender o Mover, mas também para novas exigências de segurança ativa e passiva já determinadas pela força de lei.
Foto: Gerd Altmann – Pixabay
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