Há exatos dois anos, quando assumiu como presidente e CEO da Volkswagen do Brasil em 1º de abril de 2023, Ciro Possobom tinha o sonho — ou a meta, melhor dizendo — de ver as quatro fábricas do grupo no território nacional operando a pleno vapor.
Na sexta-feira, 4, em uma fila de embarque do aeroporto de Cumbica, Guarulhos, de onde seguiria para Londrina, PR, o executivo comentou sobre esse sonho em conversa com um grupo de jornalistas, deixando claro a satisfação de ver hoje a montadora funcionando a pleno vapor, praticamente no limite:
“Em qualquer das fábricas que olhamos, as operações são plenas. O que eu sonhava ver quando assumi a presidência é hoje uma realidade”, comemorou Possobom.
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Um quadro que tem levado a montadora a fazer verdadeiros malabarismos para ampliar a oferta de modelos com maior demanda interna e acomodar os novos veículos que estão sendo incorporados em seu portfólio.
A VW foi a única no Top 5 a crescer acima da média do mercado no ano passado, movimento que mantém este ano. De fevereiro a março, ampliou participação nos veículos leves de 15,9% para 16,5%.
Entre os exemplos em curso, a transferência de parte da produção do SUV Virtus da fábrica da Anchieta, no ABC paulista, para a de São José dos Pinhais, PR. Um dos objetivos é abrir espaço para ampliar a oferta da Saveiro de 10% a 15%.
De outro lado, parte da linha do Polo Track está sendo transferida de Taubaté, SP, para São Bernardo do Campo. Na unidade do interior paulista começou no mês passado a produção do Tera, o novo SUV compacto que chegou a ser definido como “o novo Gol” pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté quando foi anunciada a sua fabricação lá.
Ainda na sexta-feira, 4, na ExpoLondrina, Possobom e Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing, mostraram a nova versão Extreme do T-Cross, lançada de olho nas regiões fortes em agronegócio, e falaram das novidades da marca e das mudanças nas fábricas tanto do Brasil como também da Argentina.
A fábrica de General Pacheco, em Buenos Aires, vai abrigar a linha de uma nova picape a partir do ano que vem e deixará de produzir o SUV Taos, que terá a unidade industrial do México como supridora do modelo para o mercado brasileiro.
“Com os R$ 16 bilhões já anunciados para o Brasil e os R$ 4 bilhões (US$ 580 milhões) a serem aplicados nas operações argentinas, o aporte na região chega a R$ 20 bilhões”, destacou Possobom.
Dentre as novidades apresentadas na ExpoLondrina, Corassa revelou a volta da versão Sense do Nivus, com preço a partir de R$ 119.990.
“Com conteúdo competitivo e bom custo-benefício, a Sense é a porta de entrada do modelo. Além de receber o design renovado, a versão conta, de série, com painel digital de oito polegadas, central multimídia VW Play de 10 polegadas, AEB (Assistente de Frenagem de Emergência) e seis airbags”, lembrou o VP de vendas e marketing.
Sobre a Saveiro, Corassa informou que o produto ainda tem fila de espera, em torno atualmente de 60 dias. No acumulado do trimestre, foram vendidas 13,3 mil unidades da picape, volume 7,5% superior ao do mesmo período de 2024. Em março, foram 5.692 emplacamentos, alta de 21% sobre fevereiro.
Foto: Divulgação/VW
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